quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Solar Meninos de Luz

Olá!

A postagem de hoje é para contar, para os que não sabem, da existência do Solar Meninos de Luz e agradecer a eles todos, que me receberam ontem de maneira tão acolhedora.

O Solar fica em Copacabana, no Rio de Janeiro. É uma instituição maravilhosa, acolhedora, aconchegante e repleta de alunos e frequentadores interessados em ouvir, ver e, mais do que tudo, sonhar com uma vida mais fácil e promissora.

Cheguei até ao Solar Meninos de Luz através do Solar Literário, programa que AEI-LIJ Solidária criou. Foi uma tarde maravilhosa e, como disse aos adolescentes que me ouviam, muito mais proveitosa e agradável para mim do que para eles. Eles eram muitos a ouvir uma só pessoa e eu uma só para ouvir a tantas.

Muitas fotos foram tiradas, enquanto nós ouvíamos, uns aos outros, e trocávamos experiências. Mas não quis esperar por elas para escrever esta postagem. Quando receber as fotos, posto-as aqui.

Deixo uma dica para quem mora no Rio e para quem for e quiser conhecer um lugar não turístico, mas cheio de bons fluidos: façam uma visita ao Solar Meninos de Luz!

Mas se preferirem conhecê-lo hoje mesmo, lá vai o link:
www.meninosdeluz.org.br
Beijos.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

De onde surgiu o PIC-PIC de aniversário?

Olá!
Acabo de receber de um primo meu, formado nas Arcadas do Largo de São Francisco, em São Paulo, uma história que eu desconhecia: de onde surgiu o PIC-PIC, tão tradicional das festas de aniversário. Vale a pena ler. Divirta-se!

TENDÊNCIAS/DEBATES
Histórias e Tradições das Arcadas
Eduardo Cesar Silveira Vita Marchi - professor titular de direito romano da Faculdade de Direito da USP.

Pic-Pic era o apelido de um dos líderes das "estudantadas" de sua época, década de 1920, Ubirajara Martins de Souza. Bacharelou-se em 1927. Era figura conhecida entre os colegas. Portava barba imponente, acompanhada de bigodinho de pontas aguçadas. Vaidoso, aparava constantemente tais bigodes, servindo-se de uma tesourinha cujo peculiar som de corte sempre ecoava: pic,pic,pic,pic. Não tardou para que tal característica lhe rendesse o apelido de Pic-Pic. Quando ele aparecia, seus colegas o saudavam entusiasticamente: é o Pic, é o Pic, é o Pic,Pic,Pic.
Já naquela época, era costume entre os estudantes dirigir-se ao seu principal bar de encontro; o Ponto Chic, que segue funcionando no Largo Paissandu. Ali consumiam rapidamente as cervejas geladas disponíveis. Era preciso aguardar algum tempo até que novas garrafas fossem refrigeradas, o que durava em média meia hora. Os estudantes, acompanhando atenciosamente o avanço do relógio, alvoroçavam-se diante da ´proximidade do grande momento, e punham-se em coro a cantar: meia hora, meia hora, é hora, é hora, é hora.
Por fim, ainda naquele período, recebeu a faculdade uma insólita visita; um rajá indiano de nome Timbum, proveniente da região de Kapurtala. O acontecimento inusitado aliado à sonoridade do nome, deu chance aos alunos de incorporar, ao final dos seus cantos, novo grito de guerra: Ra-Ja-Tim-Bum.
Geração após geração, foram sendo passados esses cantos e gritos de guerra, sobrepostos uns aos outros, entre os estudantes do largo: É Pic. É Pic. É Pic, é Pic, é Pic! Meia hora, meia hora, é hora, é hora, é hora! Ra-Ja-Tim-Bum!
Naquela época, os estudantes do largo eram figuras bem conhecidas na sociedade paulistana. Por isso, a s importantes famílias da cidade, principalmente quando das festas de aniversário de suas filhas casadouras, honravam-se em recebê-los. Aos poucos, o canto do Pic-Pic foi se difundindo pelas festas de aniversário, em São Paulo, mesmo sem os estudantes, e depois estendeu-se para todo o país.

Histórias da São Francisco,
Que eu canto com emoção,
Em cada canto do largo,
Eu largo meu coração.
Paulo Bomfim
(poeta e bacharel em direito pelo Largo de São Francisco)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Feira do Livro de Taquara - RS




























Mais uma feira muito legal, em uma cidade pra lá de legal, no interior do Rio Grande do Sul, que tive o prazer de participar. Fomos para Taquara, minha amiga e colega Sandra Pina e eu, a convite da editora Artes e Ofícios, de Porto Alegre. meu livro Aconteceu com Aline e Lucas foi trabalhado pelos alunos de uma forma dedicada e bem orientada pelos professores. Adorei a viagem, a receptividade, a cidade e principalmente os alunos, leitores, sem os quais meu trabalho de escritora não teria sentido.

VALEU TURMA! Até a próxima.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

BARRACOTECA

Olá!


Há algum tempo atrás, abri, aqui no blog, uma sessão chamada Gente que Faz; para reverenciar pessoas que, cada um a seu tempo e a sua maneira, fizeram coisas que beneficiaram outra tantas.


Hoje, no entanto e devido aos percalços que teve que enfrentar para conseguir seu intento, faço uma homenagem a ele, fora da sessão. Quero que o destaque seja só dele, sem comparações. Leia a matéria do Publish News e veja você se não tenho razão:


Livreiro do Alemão cria Barracoteca na Favela
Folha de São Paulo - 31/07/2011 - por Emilio Sant´Anna.



Enquanto traficantes do Comando Vermelho, em fuga, trocavam tiros com a polícia e soldados do Exército, durante a ocupação dos complexos da Penha e do Alemão,em Novembro de 2010, Otávio Júnior, 27, escrevia. Sem poder sair de casa, finalizava O Livreiro do Alemão - seu ingresso no mundo dos escritores - e preparava-se para instalar a primeira biblioteca do conjunto de 13 favelas , na zona norte do Rio; com quase 400 mil pessoas.


"Quando os confrontos eram muito acirrados, eu produzia muito. Escrevia, enquanto as balas "comiam" para cima e para baixo. Biblioteca? Na verdade, trata-se da Barracoteca Hans Christian Andersen" _ corrige Otávio.


Um antigo salão de forró , no Morro do Caracol Complexo da penha, funciona desde maio e será inaugurado oficialmente em 22 de Agosto, dia do folclore. Parte dos livros é doação do Ministério da Cultura.o resto foi amealhado por Otávio durante os 10 anos em que andou por todo o complexo da Penha e do Alemão, com uma mala na mão, oferecendo livros emprestados aos moradores.


Salve OTÁVIO JÚNIOR! Você é Gente que Faz.